Deus Caritas est
É este o título da primeira Encíclica do nosso fantástico papa, sucessor de S. Pedro.
Que Amor é este, afinal? É possível? É para nós?
Podemos dizer que é um amor incondicional. Não há nenhum “se” no coração de Deus. O seu amor por nós não depende da nossa acção, do nosso feitio, das nossas desistências, de nós. Ele ama-nos desde sempre, tal e qual como nos ama hoje, e a eternidade não deixará de ser a vivência deste mesmo amor.
Amar sem condição não significa amar sem preocupação. Deus quer relacionar-se connosco, deseja que o amemos em troca. Ousar entrar neste íntimo relacionamento com Deus é um passo de fé que traz consigo a libertação do medo e a confiança que receberemos sempre amor e mais amor.
Como é que eu consigo amar a Deus? Como é que posso experimentar algo de tão grande?
Não sei. Talvez dando pequenos passos. Escolher o amor sempre que há oportunidade. E é tão fácil: um sorriso, uma palavra de encorajamento, uma presença silenciosa, uma ajuda discreta, um sms, uma visita, uma participação mais empenhada num Encontro do Pré…
Cada passo é como uma vela acesa de noite: não afasta a escuridão mas pode guiar-nos através dela. Quando olharmos para trás poderemos reparar que empreendemos uma bela e longa peregrinação. O Amor não se baseia no sentimento belo e vivificante. Antes, é pensar, falar e agir de acordo com o conhecimento espiritual de que somos amados infinitamente por Deus e chamados a torná-lo visível e transformador neste mundo.
Alarguemos a nossa vida, o nosso amor, à medida de Deus.
Pe Nuno Coelho